- Cristina?
Parou. O coração engasgou, deu um soluço. Ninguém a chamava de Cristina, exceto se fosse pra brigar com ela.
Coisa de criança.
- Cristina!
Ergueu os olhos por um segundo que mais pareceu uma eternidade e reconheceu o rosto do homem de quem tentou fugir por anos.
O relacionamento passou diante de seus olhos como um filme lento e embaraçoso.
Engoliu em seco a vergonha de ter permitido que ele abusasse tanto dela por desculpas tão porcas, por flores e chocolates de que ela nem gostava.
- Não, senhor. O senhor deve ter me confundido com alguém.
Não era mentira.
A mulher que ele procurava não estava mais ali.
Ele a tinha matado tempos atrás.
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