sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Ventanias, portas e panelas de pressão

Cheguei em casa em meio a uma ventania, agradecendo por não ter começado a chover o tanto que todos estavam prevendo, já que estava carregando mil sacolas.

Antes de tomar banho, resolvi adiantar parte do jantar. Peguei todos os ingredientes e comecei a preparar a carne assada. Refoga, tempera, fecha a panela e fui para o banho.

Adoro banho quente depois de exercício, é uma das coisas mais relaxantes desse mundo. Qual não foi meu desespero, no entanto, ao ouvir um sonoro POOOW vindo do que imediatamente supus que fosse, é claro, a minha panela de pressão explodindo.

A verdade é que eu nunca vi uma panela de pressão explodir, então nem saberia dizer qual é o barulho que faz. Mas naquele momento, talvez pela própria Lei de Murphy, tive certeza de que só poderia ser aquela a fonte do esporro.

Enrolei-me na toalha e saí pingando pela casa num misto de pressa e vontade de nunca chegar até a minha cozinha, imaginando que o cômodo mais branco do apartamento já se encontrava num misto de molho, carne e temperos espalhados do teto ao chão, nojentamente dispostos de forma a gerar o máximo trabalho para limpar.

Cheguei na cozinha de fininho, como se não quisesse assustar ninguém, só para encontrar minha panela calmamente chiando, em seu lento processo de cozimento do meu jantar. Shhhhhhhh... Completamente diferente do maldito POOOOOOOOOOOOOOOOOW que me assustara 5 minutos antes.

Aumentei o fogo, só para garantir que eu conseguiria ouvir o sonoro chiado mesmo debaixo d'água, e tentei ignorar os estrondos provenientes de uma porta ou janela, insistentemente batendo por causa da tal ventania que anunciava a tal tempestade.

Nenhum comentário: