Tem dias em que eu acordo e quero ser outra pessoa. Na verdade, mudar a embalagem. Em outras palavras, fingir pro mundo que sou uma outra Fernanda. Meu maior barato é me permitir ser várias. Tenho meu estilo, mas ele passeia por diversos universos, diversas vertentes. Universos paralelos de mim.
Hoje posso ser rock&roll, amanhã meio bonequinha, no dia seguinte, uma princesa. Gosto disso. Gosto de extravasar diferentes pontos desse compilado que resulta nessa minha pessoa. Embora já tenham me dito que quando fizer 30, terei de me adaptar ao mundo e descobrir uma outra forma de me vestir, de me projetar. Aparentemente precisarei ser mais mulher, mais sensual. Ora pois, ainda tenho bons 4 anos para refletir sobre a sugestão. Fagocitá-la e devolver para esse tal mundo a minha versão dessa história. Sempre fui assim, acho que sempre serei.
Hoje, quando saio de casa, vejo no play uma garotinha brincando com o pai. Ela arrasta pelas pedras portuguesas a longa cauda furtacor de sua roupa de sereia. Ela entende o espírito da coisa... Hoje Ariel... Amanhã Cinderela... Mas sempre, sempre ela...
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